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No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o
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conformismo estoico de Sêneca.Esta alternativa está incorreta. O estoicismo, como defendido por Sêneca, enfatiza a aceitabilidade e a conformidade com o destino, focando mais na vida individual do sábio. Tomás de Aquino, por outro lado, está discutindo a natureza pública e racional da lei e sua relação com a comunidade, o que vai além do conformismo individual dos estoicos.
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paradigma de vida feliz de Agostinho.Esta alternativa está incorreta. Agostinho de Hipona, outro filósofo cristão, focou muito na vida interior e na relação com Deus como caminho para a felicidade. Embora Agostinho também tenha discutido política e sociedade, seu paradigma de vida feliz está mais ligado à cidade de Deus do que à ideia de uma lei racional voltada para o bem comum como em Tomás de Aquino.
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conceito de bem comum de Aristóteles.Esta alternativa está correta. Tomás de Aquino retoma e desenvolve ideias de Aristóteles, especialmente seu conceito de que a política e a ética devem buscar o bem comum. Aquino adaptou Aristóteles para o contexto cristão, argumentando que a lei deve servir à comunidade de acordo com a razão, um reflexo direto do pensamento aristotélico sobre a justa organização social e o bem comum.
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pensamento idealista de Platão.Esta alternativa também está incorreta. Embora Platão tenha uma visão filosófica detalhada sobre a política e a sociedade, seu foco estava mais nas ideias das Formas e na sociedade ideal liderada por filósofos-reis. A abordagem de Tomás de Aquino, que associa a lei à razão e ao bem comum, alinha-se mais com o empirismo e a ética prática, o que não é o foco central do idealismo platônico.
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ensinamento místico de Pitágoras.Esta alternativa está incorreta. Pitágoras era um filósofo grego cujos ensinamentos místicos estavam mais relacionados a aspectos como a harmonia matemática e a transmigração das almas, sem uma conexão direta com as ideias políticas de Tomás de Aquino. Este último se concentrava em como a lei reflete a razão e o bem comum, o que não se alinha com o foco místico pitagórico.
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a
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razão e as verdades transcendentes.Esta escolha está incorreta. Aristóteles não suporta que o legislador deva agir baseado em verdades transcendentes, mas sim guiado pela razão prática e pela ética, visando a harmonização das leis com o bem coletivo e as virtudes sociais. As verdades transcendentes são mais associadas a conceitos que buscam estar além do mundo físico, o que se distancia da prática política aristotélica, que é mais terrena e voltada para a polis (a cidade-estado).
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utilidade e os critérios pragmáticos.Esta alternativa está incorreta. Embora Aristóteles reconheça o papel da utilidade na política, ele enfatiza muito mais a virtude e o bem comum do que critérios meramente pragmáticos ou utilitários. A política deve estar orientada pela ética e a busca da melhor vida possível coletivamente, não apenas pela eficácia instrumental ou prática.
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virtude e os interesses públicos.Essa afirmação está correta. Aristóteles, em seus escritos, argumenta que a função do legislador é persuadir que as leis se direcionem ao bem comum e à felicidade da polis, que pode ser entendida como a comunidade política. Assim, o legislador deve direcionar suas ações pelas virtudes - que são padrões de excelência ética - e pelo interesse público, visando sempre a vantagem comum e o bem-estar da sociedade como um todo.
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moral e a vida privada.Esta alternativa está incorreta. Aristóteles foca a ética e a política na busca do bem comum e da virtude enquanto parte do espaço público, não meramente na moral privada ou nas questões pessoais. A vida privada in abstrato não é o foco central de legislações ou da política segundo o ponto de vista aristotélico.
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lógica e os princípios metafísicos.Esta alternativa está incorreta. Aristóteles não enfatiza a lógica e os princípios metafísicos como fundamentos diretos para a legislação. Ele fala mais sobre valores éticos e o interesse comum, além de processos racionais afins, mas não de preocupações metafísicas abstratas.
De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha como característica fundamental o(a)
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representação igualitária em instâncias parlamentares.Quando essa alternativa fala em "representação igualitária em instâncias parlamentares", pode induzir ao erro. A política ateniense era uma democracia direta, onde cidadãos participavam pessoalmente na tomada de decisões. Ao contrário de uma democracia representativa, não havia eleições para designar representantes para tomar decisões em nome do povo. Assim, a alternativa não reflete adequadamente a prática política descrita no texto.
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ativismo humanista em debates públicos.Falar em "ativismo humanista em debates públicos" sugere uma ênfase na discussão de questões éticas e sociais com foco humanista. Embora os atenienses participassem de debates políticos, o texto não menciona especificamente um ativismo voltado a ideais humanistas. A ênfase do texto está na participação ampla e não no tipo de questão debatida, portanto essa alternativa não é a que melhor caracteriza a política ateniense.
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dedicação altruísta em ações coletivas.A alternativa menciona "dedicação altruísta em ações coletivas", o que transmite a ideia de que os cidadãos atenienses atuavam de forma desapegada em prol do bem comum. Embora a participação na política ateniense fosse, em certa medida, voltada ao bem comum, a característica mais fundamental descrita no texto é a ampla participação direta na política, não necessariamente de maneira altruísta. O conceito central aqui é o envolvimento direto, não especificamente o altruísmo.
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participação direta em fóruns decisórios.Esta alternativa diz respeito à "participação direta em fóruns decisórios" e está correta. O texto destaca que, na Atenas clássica, a prática política exigia a participação de muitos cidadãos em deliberações políticas, possibilitando que qualquer pessoa pudesse falar e participar das decisões. Isso exemplifica o modelo de democracia direta em que os cidadãos estavam pessoalmente envolvidos na tomada de decisões políticas.
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discurso formalista em espaços acadêmicos.A alternativa menciona "discurso formalista em espaços acadêmicos", o que não condiz com a prática política ateniense descrita. Os atenienses estavam mais envolvidos em deliberações políticas públicas do que em exercícios acadêmicos formais. Portanto, o texto não endossa a ideia de que a política ateniense se concentrava em discursos formais e acadêmicos.
No contexto atual, essa crítica proposta por Edgar Morin se aplica à
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valorização do paradigma tecnológico.Morin está criticando a crescente valorização da lógica tecnológica em nossa sociedade contemporânea. Isso se refere a como a tecnologia e sua lógica de cálculo e quantificação estão cada vez mais influenciando não apenas aspectos técnicos, mas também sociais, culturais e humanos. Ele argumenta que esse enfoque na tecnologia leva a desconsiderar aspectos intangíveis da experiência humana, como sentimentos e emoções. Portanto, esta alternativa está correta pois ela diz respeito exatamente ao que Morin critica: o excesso de valorização do paradigma tecnológico.
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intensificação das relações interpessoais.Intensificação das relações interpessoais seria o contrário do que Morin discute. Ele aponta para uma sociedade onde a lógica calculista das máquinas prevalece, o que poderia de certa forma enfraquecer as relações interpessoais ao substituir a comunicação e a empatia humanas por processos automatizados. Logo, essa alternativa está incorreta, pois vai contra a ideia de que a tecnologia está isolando as pessoas em vez de aproximá-las.
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simplificação das atividades laborais.Simplificação das atividades laborais poderia até estar relacionada com a automação e a tecnologia, mas não reflete a crítica específica que Morin faz sobre a lógica das máquinas afetando a espiritualidade e os sentimentos humanos. Ele está mais cauteloso sobre a perda de foco nos aspectos qualitativos e humanos da vida, que são deixados de lado por uma abordagem excessivamente quantificadora. Assim, esta alternativa não representa corretamente a crítica de Morin.
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descentralização do poder econômico.A crítica de Morin no texto se concentra na influência da lógica das máquinas e não na distribuição do poder econômico. Descentralização do poder econômico refere-se a uma questão estrutural e econômica, não diretamente afetada pelo tipo de controle e influência descrito por Morin. Ele está mais preocupado com a lógica da quantificação em todos os aspectos da vida humana. Assim, essa alternativa não se aplica corretamente ao contexto da crítica de Morin.
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fragmentação do mercado consumidor.Fragmentação do mercado consumidor sugere uma multiplicidade e diversidade de preferências do consumidor, que não é o foco principal da crítica de Morin. A preocupação dele é mais sobre como a lógica das máquinas e a quantificação excessiva controlam aspectos não quantificáveis da vida humana. O mercado se fragmentar não está intrinsecamente ligado ao ponto que Morin está fazendo sobre o controle exercido pela lógica tecnológica. Portanto, essa alternativa está incorreta.
O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios radicais de avaliação da
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legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma.Incorreta. A transmigração da alma refere-se a ideias de reencarnação, que são mais características de tradições filosóficas e religiosas orientais. Nietzsche, neste contexto, fala sobre o eterno retorno, que é uma ideia cosmológica e existencial diferente, não relacionada à transmigração da alma.
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conveniência do cuidado da saúde física e espiritual.Incorreta. Embora a saúde física e espiritual possam ser aspectos importantes de nossa existência, a ideia do eterno retorno proposta por Nietzsche não foca na conveniência de cuidar desses aspectos. Em vez disso, ela serve como um critério para refletir sobre a plenitude e a satisfação com que vivemos.
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validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.Incorreta. A doutrina do eterno retorno questiona a validade de padrões habituais, pois sugere que devemos viver de maneira excepcional, que nos faça desejar reviver nossa vida eternamente, em vez de simplesmente seguir tradições ou hábitos históricos.
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qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.Correta! Nietzsche propõe que devemos viver de tal forma que estaríamos dispostos a reviver nossa vida eternamente. Essa é uma forma radical de avaliar a qualidade de nossa existência, tanto em nível pessoal quanto coletivo, pois implica que devemos adotar um modo de vida que nos satisfaça plenamente a ponto de desejarmos repeti-lo indefinidamente.
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veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.Incorreta. A doutrina do eterno retorno de Nietzsche não se propõe a provar nada sobre a estrutura física do universo, como o postulado da perenidade do mundo. É mais uma ideia filosófica existencial sobre como deveríamos avaliar e viver nossas vidas, sem qualquer compromisso direto com a cosmologia científica.
Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência humana e defendem uma experiência
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naturalista-científica, marcada pela experimentação, análise e explicação.A alternativa sugere uma experiência naturalista-científica, focada em experimentação, análise e explicação. Contudo, os textos de Tolstói e Rousseau não mostram interesse em métodos científicos ou observações analíticas do mundo. Tolstói fala de desejos e emoções, enquanto Rousseau discute compromisso com a verdade. Ambos são temas mais ligados ao individualismo e às emoções do que ao método científico. Assim, esta alternativa está incorreta.
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místico-religiosa, ligada à sacralidade, elevação e espiritualidade.Esta alternativa afirma que os textos tratam de uma experiência místico-religiosa, que envolve sacralidade, elevação e espiritualidade. Porém, não há menções ou sinais de elementos místicos ou religiosos claros nos textos. Enquanto Tolstói foca em excitação e perigo na vida, Rousseau discute sobre o compromisso com a verdade, ambos de formas bem mundanas e práticas, não espirituais. Portanto, esta alternativa é incorreta.
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estético-romântica, caracterizada por sinceridade, vitalidade e impulsividade.Esta alternativa mistura ideias de sinceridade, vitalidade e impulsividade, características da estética romântica. Tolstói almeja excitação e sacrifício por amor, mostrando vitalidade e impulsividade. Rousseau quer ser verdadeiro, sacrificando até sua fraqueza. Ambos textos evidenciam impulsos românticos - o desejo de emoções profundas e a sinceridade em Rousseau - alinhados a um ideal estético-romântico. Portanto, essa alternativa está correta.
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sociopolítica, constituída por integração, solidariedade e organização.A alternativa sugere que o foco dos textos está numa vivência sociopolítica, destacando elementos como integração, solidariedade e organização. No entanto, os textos não evidenciam preocupações com temáticas sociopolíticas. O primeiro texto de Tolstói fala sobre o desejo por movimento e sacrifício por amor, enquanto o de Rousseau discute a busca pela verdade em todas as ocasiões, ambos mais centrados na experiência individual. Portanto, essa alternativa está incorreta.
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lógico-racional, focada na objetividade, clareza e imparcialidade.A alternativa aqui propõe que os textos tratam de uma experiência lógico-racional, evidenciando objetividade, clareza e imparcialidade. No entanto, nem Tolstói nem Rousseau se concentram na racionalidade objetiva. Tolstói fala de desejo, excitação e sacrifício, que são mais emocionais do que racionais. Rousseau, embora trate da verdade, faz isso com um foco muito mais pessoal e emocional do que lógico-racional. Assim, esta alternativa está incorreta.
O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrática, presente em sua ação dialógica:
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Ironizar o seu oponente.Esta alternativa está incorreta. A ironia socrática era uma técnica de provocação usada para estimular o pensamento crítico e não para zombar ou humilhar seus interlocutores. Sócrates usava a ironia para mostrar aos outros a necessidade de questionar suas próprias certezas, ou seja, para desafiá-los a buscar a verdade com mais profundidade e honestidade.
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Examinar a própria vida.Esta alternativa está correta. O princípio moral destacado na filosofia socrática é o "examinar a própria vida". Sócrates acreditava que uma vida não examinada não valia a pena ser vivida, e ele constantemente enfatizava a importância da auto-reflexão crítica e do autoconhecimento como um meio para alcançar a virtude e a sabedoria verdadeira.
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Sofismar com a verdade.Esta alternativa está incorreta. Sócrates era conhecido por criticar os sofistas, que eram acusados de usar a retórica para convencer independentemente da verdade. Sócrates pretendia buscar a verdade através de diálogos genuínos e questionamentos, não através de argumentações enganosas ou manipulação da verdade.
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Debater visando a aporia.Esta alternativa está incorreta. Embora Sócrates muitas vezes conduzisse seus interlocutores à aporia—a sensação de confusão ou impasse durante uma discussão—seu objetivo não era simplesmente debater por debater. A aporia era um passo no caminho para um entendimento mais profundo, não um fim em si mesmo.
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Desprezar a virtude alheia.Esta alternativa está incorreta. Sócrates não desprezava a virtude alheia. Na verdade, ele acreditava que a virtude era um conhecimento essencial e incentivava as pessoas a buscar a verdade e a sabedoria. Sócrates valorizava a capacidade de cada pessoa de melhorar e compreender a si mesma através da reflexão filosófica.
No trecho, o autor considera que o conhecimento traz possibilidades de progresso material e moral quando
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busca a inovação tecnológica.Essa alternativa está incorreta porque o autor, Alfred North Whitehead, enfatiza o uso do conhecimento de maneira sábia e prática, enquanto a mera busca pela inovação tecnológica pode não necessariamente levar a um progresso material e moral. A inovação por si só, sem consideração ética ou prática, pode ser vazia ou até prejudicial.
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prioriza o rigor conceitual.Essa alternativa está incorreta, pois o rigor conceitual, embora importante, não é o foco do argumento de Whitehead. Ele não está dizendo que o conhecimento rigoroso, por si só, traz progresso material ou moral, mas sim que devemos avaliar como aplicamos esse conhecimento de forma sábia.
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valoriza os seus dogmas.Essa alternativa está incorreta por que valorizar dogmas geralmente implica em aceitar certas verdades sem questionamento ou aplicação prática. O autor critica justamente a ideia de conhecimento que não é aplicado ou questionado, o que vai de encontro à ideia de progresso que ele defende.
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instaura uma perspectiva científica.Esta alternativa está incorreta porque instar uma perspectiva científica não é suficiente para garantir progresso material e moral. Whitehead está mais preocupado com o uso que fazemos do conhecimento, científico ou não, e com sua pertinência em contextos práticos e morais.
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avalia a sua aplicabilidade.Esta alternativa está correta porque o autor destaca a importância de avaliar a aplicabilidade do conhecimento. Para Whitehead, o conhecimento sem uma aplicação prática e sem um uso sábio não contribui necessariamente para o progresso material ou moral.
Nesse contexto, a ciência encontra seu novo fundamento na
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consolidação da independência entre conhecimento e prática.Essa alternativa está incorreta. A ciência moderna valoriza a integração entre conhecimento e prática, ao contrário da ideia expressa aqui. O desenvolvimento científico visa a aplicação prática dos conhecimentos (como na tecnologia, por exemplo), refletindo um estreitamento, não uma separação, entre conhecimento e prática.
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construção do método em separado dos fenômenos.Essa alternativa está incorreta. A ideia central na ciência moderna é justamente integrar método e fenômeno, não separá-los. É crucial que o método científico seja aplicado diretamente à observação dos fenômenos para que possamos obter conhecimento confiável sobre o mundo natural.
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reintrodução dos princípios da metafísica clássica.Essa alternativa está incorreta. A metafísica clássica estava mais preocupada com questões abstratas sobre o ser e a essência, que não se subordinam ao método científico e à prova empírica. A ciência moderna tende a se afastar de princípios metafísicos em favor da observação e da experimentação.
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apropriação do senso comum como inspiração.Essa alternativa está incorreta. A ciência moderna não busca o senso comum como inspiração; pelo contrário, muitas vezes desafia noções produzidas sem embasamento experimental. O método científico requer observação rigorosa, experimentação e coleta de dados, diferenciando-se do senso comum que se baseia em entendimentos intuitivos ou aceitos culturalmente.
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utilização da prova para confirmação empírica.Essa alternativa está correta. O uso da prova para confirmação empírica é um fundamento central da ciência moderna. A observação e experimentação empírica são essenciais para testar hipóteses e teorias, determinando o que pode ser considerado verdadeiro ou falso.
No contexto descrito, as transformações estéticas impactam a produção de bens por meio da
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promoção de empregos fabris, integrada às linhas de montagem.Essa alternativa fala sobre a promoção de empregos fabris e linhas de montagem. O conceito de pós-modernismo geralmente refere-se a formas de produção mais descentralizadas e flexíveis. Portanto, não se alinha com a descrição de uma estética que enfatiza áreas como a efemeridade e a inovação, fazendo desta uma resposta incorreta.
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ampliação dos custos de fabricação, impulsionada pelo consumo.A afirmação discute a ideia de que a estética pós-moderna da efemeridade e diferença poderia aumentar os custos de fabricação devido ao consumo. No entanto, a revolução pós-moderna é mais associada a mudanças na forma como produtos são percebidos e consumidos, não necessariamente aumentando os custos de produção por si só. Assim, essa alternativa pode ser considerada incorreta, pois não aborda diretamente o impacto mencionado pelo autor.
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expansão de mercadorias estocadas, aliada a maiores custos de armazenamento.A alternativa menciona a expansão de mercadorias estocadas, o que contradiz a tendência pós-moderna de produtos que mudam rapidamente e não ficam armazenados por longos períodos. A ênfase do pós-modernismo é na fluidez e renovação, não no estoque. Assim, essa alternativa também está incorreta.
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diminuição da importância da organização logística, utilizada pelos fornecedores.Esta alternativa sugere uma diminuição da importância da organização logística. Entretanto, na realidade, o pós-modernismo exige mais eficiência logística para responder rapidamente às mudanças de moda e demandas. Sendo assim, diminuição na logística não se encaixa na descrição de Harvey, tornando essa alternativa incorreta.
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redução do tempo de vida dos produtos, acompanhada da crescente inovação.Essa é a correta. A estética pós-moderna celebra a efemeridade e a inovação rápida, levando a produtos que têm vida útil curta e são rapidamente substituídos por novos modelos. Isso se alinha perfeitamente com a ideia das "qualidades fugidias" mencionadas no trecho, pois as inovações rápidas reduzem o tempo de vida dos produtos.
O processo de estranhamento citado, com base em um conjunto de representações que grupos ou indivíduos formam sobre outros, tem como causa o(a)
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etnocentrismo recorrente entre populações.A opção correta mencionada é "etnocentrismo recorrente entre populações". Etnocentrismo se refere à tendência de avaliar outras culturas com base nos padrões e valores da própria cultura, frequentemente resultando em classificações depreciativas. Como o texto abordou como as pessoas da mesma sociedade ou de diferentes sociedades julgam negativamente as práticas alimentares de outros grupos, isso encaixa perfeitamente com o conceito de etnocentrismo.
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reconhecimento mútuo entre povos.A expressão "reconhecimento mútuo entre povos" não reflete o que foi discutido no texto. Reconhecimento mútuo seria uma situação onde os diferentes grupos aceitam e entendem uns aos outros, enquanto o texto descreve um processo de estranhamento e preconceito cultural.
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comportamento hostil em zonas de conflito.A alternativa que fala sobre "comportamento hostil em zonas de conflito" está incorreta no contexto da questão discutida. O comportamento hostil ocorre, geralmente, em áreas onde há guerra ou disputa territorial, mas o texto fala sobre estranhamentos culturais, que é um aspecto mais voltado para o entendimento e julgamento das diferenças culturais do que para a hostilidade em si.
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constatação de agressividade no estado de natureza.A "constatação de agressividade no estado de natureza" está incorreta aqui. O "estado de natureza" é uma ideia filosófica que descreve a condição das pessoas antes de alguma forma de sociedade ou governo se estabelecer. O termo geralmente está associado a filósofos como Hobbes, que falavam sobre agressividade, mas o texto discute diferenças e julgamentos culturais, não agressividade inerente às pessoas.
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transmutação de valores no contexto da modernidade.A "transmutação de valores no contexto da modernidade" sugere uma mudança dos valores tradicionais para novos valores. O texto, porém, está falando sobre a maneira como diferentes culturas se percebem e se julgam em termos pejorativos por suas práticas culturais. Isso vem menos de uma mudança de valores e mais de uma visão enviesada ou preconceituosa — o etnocentrismo.
O texto desmistifica uma visão do senso comum segundo a qual a ciência consiste no(a)
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avanço das pesquisas interdisciplinares.Esta alternativa está incorreta. O texto não está abordando o tema do avanço das pesquisas interdisciplinares. A interdisciplinaridade refere-se a combinar ou integrar diferentes disciplinas para abordar questões complexas, mas a questão do texto foca na natureza do conhecimento científico como algo falível e em constante evolução, não especificamente na colaboração entre disciplinas.
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coexistência de teses antagônicas.Esta alternativa está incorreta. O texto não discute a coexistência de teses antagônicas diretamente, embora isso possa ser uma característica da ciência em alguns contextos. O ponto principal do texto é destacar que o conhecimento científico é sujeito a correções e está em constante evolução, e não tratar do convívio de teorias antagônicas especificamente.
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preeminência dos saberes empíricos.Esta alternativa está incorreta. O texto não discute a preeminência dos saberes empíricos sobre outros tipos de conhecimento, mas sim a ideia de que a ciência não é composta de verdades imutáveis. O foco do texto está em refutar a noção de que as teorias científicas são definitivas, enfatizando, ao invés disso, a característica da ciência de ser um campo de conhecimento que progride e se corrige.
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consenso de áreas diferentes.Esta alternativa está incorreta. O consenso entre áreas diferentes não é o foco do texto. Embora o consenso possa ser uma parte importante da prática científica, o trecho fornece uma crítica à visão de que a ciência atinge verdades definitivas, sublinhando a natureza falível e progressiva do conhecimento científico como um todo, em vez de tratar de consenso entre diferentes áreas do saber.
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conjunto de teorias imutáveis.Esta é a alternativa correta. O texto critica a visão de que a ciência seja um conjunto de teorias imutáveis, chamadas "verdades definitivas" no contexto da questão. O autor argumenta que o conhecimento científico é aproximável, falível e evolui ao longo do tempo, com cada progresso potencialmente corrigindo concepções anteriores. Portanto, a definição da ciência não deve ser vista como um agregado de conhecimentos fixos, mas sim como um processo contínuo de refinamento e compreensão.
No trecho, expressa-se uma visão poética da epistemologia científica, caracterizada pela
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definição de uma metodologia transversal com base em um panorama cético.Esta alternativa fala sobre a definição de uma metodologia transversal com base em um panorama cético. No entanto, a questão não trata de metodologias científicas específicas nem de ceticismo. O texto de Mia Couto faz uma analogia entre o processo científico e a revisão de ideias existentes, mas não se refere diretamente a uma abordagem cética ou a uma metodologia transversal. Portanto, essa alternativa está incorreta.
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implementação de uma viragem linguística com base no formalismo.Esta alternativa menciona a implementação de uma viragem linguística com base no formalismo. A chamada "virada linguística" refere-se a uma mudança no foco dos estudos filosóficos e científicos para a importância da linguagem na formação do conhecimento, mas o texto trata de questões sobre a posição do ser humano na biologia, em vez de focar diretamente em questões linguísticas ou formalistas. Assim, essa alternativa está incorreta.
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fundamentação de uma abordagem híbrida com base no relativismo.A fundamentação de uma abordagem híbrida com base no relativismo se relaciona com a ideia de que o conhecimento pode ser moldado por diferentes perspectivas e contextos. Embora o texto de Mia Couto trate de diferentes formas de pensar e ver o mundo, a ênfase está na mudança de perspectiva em relação ao ser humano na natureza, em vez de uma defesa ampla de relativismo. Por isso, essa alternativa é incorreta.
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interpretação da natureza eclética das coisas com base no antiacademicismo.O texto menciona uma visão criativa sobre o conhecimento, mas não é explicitamente antiacadêmico. O termo 'antiacademicismo' se refere a um afastamento das normas e práticas acadêmicas tradicionais. No entanto, o texto de Mia Couto compara o conhecimento científico a um processo de passagem por fronteiras, ou seja, uma metáfora sobre a mudança de perspectiva que não necessariamente refuta práticas acadêmicas. Essa alternativa é incorreta.
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compreensão da realidade com base em uma perspectiva não antropocêntrica.O texto de Mia Couto aborda a ideia de que através do estudo da biologia se percebe que o ser humano não é o centro da vida nem o topo da evolução. Isso está alinhado com uma perspectiva não antropocêntrica – ou seja, aquela que não coloca o ser humano como a única referência ou o centro do universo. Portanto, essa alternativa está correta pois reflete exatamente a mensagem do trecho apresentado.
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